oxymore
Espaço para uma retórica de tensão.
quarta-feira, novembro 24, 2010
Mudança
Grande abraço.
quinta-feira, julho 22, 2010
Viva e deixe morrer
Quatro anos não dá tempo suficiente para reter o necessário para uma sociologia da literatura minimamente consistente. Isso é ainda mais verdadeiro quando falamos de um trabalho solitário, individual, como é o da feitura de uma tese doutoral. Um esforço coletivo seria muito mais proveitoso, tenho certeza. Talvez fosse mais difícil em muitos sentidos, mas é mais rentável nos resultados, porque a qualidade de aperfeiçoamento do texto é dada por meio da censura coletiva das falhas encontradas, o que minimiza os erros e dá robustez aos acertos. É sonho meu meu ver trabalhos individuais em desenvolvimento na universidade um dia serem balizados por um esforço crítico coletivo, em que os colegas de trabalho intelectual, pautados em critérios específicos de qualidade argumentativa (sociológicos de preferência), julguem coletivamente as falhas de procedimentos analíticos das pesquisas em andamento visando, com isso, um resultado final de excelência.
Tive alguns méritos na feitura da tese que agora passo a reconhecer. O maior deles, talvez, aventuro-me a dizer, é que fui sociólogo da literatura no sentido próprio que se pode dar ao termo. Tentei ao máximo não ter medo das etiquetas que servem de munição aos que querem ver a sociologia longe dos objetos artísticos: "redutor", "frio", "positivista", "empiricista" etc.
Fui tudo isso em um meio que a sociologia da literatura se confunde com tantas outras coisas anti-sociológicas: textocentrismo analítico, leitura atemporal (sincrônica) dos textos literários, elogio da genialidade e da precocidade do artista etc. Nesse contexto, o esforço para encontrar tratamento sociologicamente apropriado à literatura tem ainda grande valor, mesmo que seja apenas o de lembrar a importância da historicidade, porque todas as coisas que digo são mais do que sabidas, mas por lógicas também a serem reveladas pela sociologia, precisam sempre ser relembradas.
Graciliano Ramos, escritor famoso, conhecido, lido e relido. Graciliano Ramos, desconhecido. Eis duas constatações que não se excluem na medida em que percebemos que as informações retidas sobre a obra e o autor serviram durante muito tempo para ocultar as lógicas que o levaram a ser o que era para nós hoje, depois de tantos anos de sua morte. Lógicas que são tão mais difíceis de se indentificar quão mais fortes são os impedimentos tácitos que ofuscam o problema do processo social de legitimação de sua obra. Por em evidência o processo de legitimação social de uma obra dá medo, porque todos nós consideramos, em certa medida, que um autor é grande quando sua obra "foge" aos condicionamentos sociais, quando ela, em uma palavra, "transcende" o mundo social e se revela em plena autonomia. Mostrar o suporte dessa crença foi parte da tarefa ardua que me impus para realizar o trabalho de tese e que, em parte, acredito ter atingido a contento com resultado crítico alcançado.
Devo admitir que trabalhar a sociologia da literatura a partir de um aparato teórico de uma sociologia crítica dos intelectuais é coisa muito tensa. Muitas vezes me vi em uma situação delicada de estar me sentindo um verdadeiro traidor da própria classe, da "grande família dos intelectuais". Mostrar que as lógicas do mundo social não operam apenas para os "outros", mas também "explicam" os que "trabalham para explicar o mundo social" é uma maneira de inquirir de maneira mais radical sobre os limites e alcances da reflexão sociológica. Foi também acreditando nisso que fiz meu trabalho.
Minha tese não tem um interesse amplo. Por isso, o público que talvez tenha mais interesse nela é muito específico. Talvez críticos literários, quiça os admiradores da obra do Velho Graça. Bem... Fica a certeza de mais um ciclo que se passa e da chegada de outros, espero que tão ou mais desafiadores quanto esse.
quarta-feira, julho 21, 2010
A volta do blogue
A gente se vê por aqui.
Jampa.
segunda-feira, novembro 09, 2009
Caxambu em fragmentos 4 : micelianas
No meu caso o tempo que separa meu texto do evento no qual apresentei meu trabalho são apenas alguns dias. Os dois primeiros dias de GT 30 foram descritos com a parcimônia impaciente do imediato no dito: escrevi minhas impressões logo após a vivência daqueles momentos. A sociabilidade foi aquilo que mais me marcou, o isolamento de ser para aquelas pessoas ilustres um "inútil desconhecido".
Minha apresentação foi um dia depois do contudente posicionamento de Sergio Miceli. Ele havia barbarizado os trabalhos do dia anterior, colocado em questão seus postulados, criticado a maneira leve de lidar com o intelectuais ali sendo analisados. Pontuou a fraqueza metodológica, a secura bibliográfica, o modo de operar. Depois daquele cataclisma o que esperar do depoimento dele para o meu trabalho?
Eu apresentei meu texto depois da Maria Arminda Arruda. O trabalho dela de alguma forma recortava aspectos do meu. Ela busca problematizar, se eu bem entendi, as razões pelas quais a literatura social dos anos trinta se desenvolve na periferia das regiões onde ela supõe que o modernismo se afirmou (São Paulo- Rio) e de alguma forma se difundiu para as regiões periféricas do Brasil(o professor Dimas criticou-a justamente nesse ponto por achar que existe aí uma analise difusionista da cultura que não condiz com a realidade da produção cultural brasileira naquele período). Meu trabalho trata um aspecto mais específico dessa produção, tentando localizar a posição simbólica de uma obra (sua função, seus objetivos, seus conteúdos) a partir da análise documental da maneira que essa obra fôra recebida. Uso o caso emblemático da obra de Graciliano Ramos, que tem sido reverenciada por sua qualidade formal em detrimento de obras que seriam menos cuidadosas nesse sentido (a de Jorge Amado, por exemplo, que seria mais de um realismo chulo), para mostrar que essa obra fôra recebida em função de qualidades pouco ligadas a sua sutileza formal.
O trabalho foi muito bem acolhido. O professor Dimas, que é de literatura na USP, disse que era um trabalho que trazia reflexões importantes para quem exerce o ofício da crítica. Ele ponderou, porém, que no meu texto existia um certo "ímpeto juvenil", uma maneira por demais incisiva de defender certos pontos de vista que podem ser vistos como problemáticos.
Durante a apresentação, lembro agora, eu estava muito nervoso e com medo do Miceli. Tanto, que falei meu texto quase que olhando apenas para ele. As vezes me dava conta do cacuete, e tentava desfazê-lo, o que fazia transparecer ainda mais meu nervosismo nas trepidação de minha voz e no esforço desajeitado de reter a tremulação do microfone em mãos que só queriam ser mais firmes. Como algo do meu trabalho dialoga com elementos do trabalho dele, meu receio era de ser acusado de "uso indevido" ou de "tratamento desarticulado" da sua proposta de trabalho.
Depois do depoimento do Dimas, vi que o Miceli havia pedido a palavra para comentar meu trabalho. Ao contrário de Dimas, mas sem contrapô-lo, elogiou a disposição para "enfrentar os grandes" e a qualidade do trabalho que com uma análise de contexto trazia a obra para narrativa que contemplava elementos importantes de sua inteligibilidade sociológica.
Depois a Lilia Schwarz chegou a ler um trecho do meu texto onde ela dizia estar explícito aquilo que o Dimas havia salientado. Ele diz na página tal " A sociologia não pode titubear quanto ao seu papel...". Dimas havia colocado também como crítica importante, além de meu estilo por demais enfático, que o fato de me servir apenas de uma fonte, o Arquivo Graciliano Ramos, também era problemático do ponto de vista da validação histórica do meu argumento que se daria de forma mais completa, o que concordo plenamente, a partir do cruzamento de diversas fontes. Sugeriu-me que buscasse encontrar os números do Boletim de Ariel (revista de crítica literária talvez a mais importante na época), para tentar confrontar a documentação que tenho com um material mais completo de produção da crítica.
Eu respondi às críticas de maneira honesta. Disse que o meu estilo virulento tinha como origem, além de minha juventude, uma razão institucional, na medida que o tipo de trabalho que venho defendendo não condiz com o modelo de excelência vigente na instituição na qual desenvolvo meu trabalho. Falei que por conta do tempo, para minimizar os efeitos da seleção dada de textos contidas nos recortes de jornais recolhidos por Graciliano, faço uso de um esquema de análise que considera bons e maus críticos alí contidos da mesma maneira: o critério é identificar que atributos qualificavam a obra como de boa ou má qualidade, o que tornou possível a descrição de um padrão de leitura que condizia com as propriedades da obra que estava sendo avaliada. Dimas também havia criticado o fato de eu não ter anunciado desde início do texto o que vinha a ser sociologia implícita, o que dificultava a tarefa do leitor. Eu concordei com a crítica, e disse que aquela falha era tributária do esforço de alocar no mesmo texto partes díspares de minha tese, o que levou a um condensar de elementos de maneira estruturada em função ainda da construção do objeto de estudo. É a ausência da retórica, que é que produz uma clareza de propósito, a razão do defeito apontado. Na verdade, no meu texto o sentido vem junto com a trajetória do pensamento, ele não é então posterior, mas concomitante ao exercício de reorganizar as idéias depois de uma pesquisa já pronta. No meu artigo não tinha ainda a camuflagem onde os esforços que trazem o rendimento heurístico não mais se encontram, onde a modelagem do texto apaga a luta constante para captar o melhor caminho para produzir a melhor inteligibilidade. Eu concordo, é um defeito dificultar a tarefa para o leitor. Mas quando apagamos os traços de nossas dificuldades em detrimento da clareza retórica do "já descorberto" não estaríamos em nome dessa preocupação sendo desonestos ocultando os processos que nos levaram ao nosso propósito?
Para mim o GT e a Anpocs foram um bom momento de reflexão para minha tese. Talvez o único momento onde tive um retorno crítico importante onde quesões metodológicas e técnicas importantes foram colocadas (sobretudo pelo professor Dimas) para o melhoramento do trabalho. Agora é meter bronca nessa reta final. Pois o locus do trabalho parece não estar equivocado em abosluto.
quinta-feira, outubro 29, 2009
Caxambu em fragmentos 3
Primeiro comentário do debatedor Sergio Miceli: eu não gostei dos trabalhos. Então não vou comentá-los individualmente porque vocês são jovens e eu não quero desencorajá-los. Eu vou apenas dizer o que é que falta no trabalho de todos vocês...
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E o Miceli usava todo o arsenal bélico e fino da sociologia da cultura para reduzir ao quase nada todos os elementos ainda resistentes de uma história das idéias, segundo ele, extremamente mal feita.
Os trabalhos eram bons? Todos ficaram de acordo com Miceli: não. Sobrou como sempre para o lado mais fraco: o dos pesquisadores entrantes que se caracterizam pela fragilidade na relação de poder estabelecida com os representantes ilustres do pensamento social brasileiro.
quarta-feira, outubro 28, 2009
Caxambu em fragmentos 2
E eu só nesse mundo.
Isso deveria parecer natural para mim. Deveria. Afinal, nas regras do jogo acadêmico, o que está realmente em jogo, ou seja, a qualidade argumentativa própria do "pensamento social'' ali posto, deveria ser tido como prioridade. É verdade, deveria me dizer, não vamos peder tempo com perguntas tôlas e sem sentido. Isso faz parte de uma lógica de produção que gera excelência no pensamento.
Eu entrei mudo e saí calado nesse primeiro dia. E meu calar tão raro nessas ocasiões onde os temas me são tão caros tem a ver com meu espanto em ver de maneira tão explícita a segregação regional da sociologia brasileira. USP, UNICAMP, PUC, definitivamente não são em nada parecidas com as uefepeéis da vida.
Leopoldo Waizbort apresentou um trabalho novo dele sobre Villa Lobos, solicitando uma leitura formalista da obra do compositor... Segundo comentário dele, já respondendo as perguntas, esse trabalho de conhecimento substantivo da obra é fundamental para garantir um equilibrio entre as análises históricas (segundo ele hegemônicas no caso dos estudos de Villa Lobos) e as análises formalistas.
Outro trabalho que eu gostei foi o de Paulo Renato Guérios. “O uso de trajetória de vida como estratégia de análise sociológica: o caso de Heitor Villa Lobos”. Aqui minha percepção se concentrou mais no trabalho de reflexão metodológica do autor que lidava com uma reflexão a respeito das formas de integrar estudo de trajetória e o contexto social. Isso a partir de uma comparação entre os estudos de trajetória sociológicos e algumas interpreções de Villa Lobos que levavam em conta seu contexto social.
domingo, outubro 25, 2009
Caxambu em fragmentos 1
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A sede havia passado. E o enjôo começou a sumir. Eu tinha a Piauí nas mãos. Li o interessante diário da jovem polonesa Marysia Wróblewska. Ele me fez lembrar de muitas coisas pelo avesso. Com aquela coisa de que as vezes, tentando fugir de clichês, a gente termina se tornando um deles. (Não que a polonesinha seja de todo um clichê, não é isso. Mas não seria um clichê uma jovem inteligente e já culta querer fugir dos clichês ao chegar num país de tantos lugares comuns?) Por outro lado, é muito bom ver os mundos que podem ser descobertos por alguém com uma boa educação: abrir-se para conhecer o outro e aprender mais sobre os próprios limites (a disposição dela ao sair de seu cantinho para conhecer algo tão diferente é muito bonita).
Distraído, a leitura me levou para as palavras de pessoas amadas que aterrizaram nessa terra incrível e quase inexplicável que é o Brasil e seus tantos brasis. Palavras que descrevem com espanto o centro de gravidade do corpo feminino estando na bunda, palavras que titubeiam a dor quase sempre disfarçada dos brasileiros ao falarem de sua alegria real, mas sem sal. Afinal, ninguém consegue assumir que ninguém é capaz de assumir completamente o fardo que é viver em meio a nossa violência urbana. Quem sofre, cuida. Mas cuidar termina sendo se manter no medo ao tentar evitar o pior. Padecemos nessa redundância sem sentido.
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Bebi na fonte da Majestade Leopoldina, logo senti os benefícios da realeza: grandes poderes trazem maiores responsabilidades. Daí sentei ainda sentido dos saculejos no juízo causados pela viagem. Fiquei num banquinho esperando o efeito terapêutico da àgua chegar.
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Ainda estava cansado. Mas ainda assim li a matéria sobre Serra. Gostei bastante. Mas talvez porque por demais acostumado com o jornalismo ora marketeiro ora detratante de nossa grande imprensa, achei que o equilíbrio dado por Daniela Pinheiro ao retratar um Serra mais complexo, menos caricato, tendia um pouco em desfavor do pré-candidato. As vozes em off denuciavam com muita ênfase os esforços naturais de pessoas próximas e queridas ao tentarem proteger seu ente de possíveis usos impróprios de suas palavras. Esse recurso técnico, muito usado em entrevistas sociológicas e em descrições entnográficas para contextualizar elementos discursivos de entrevistas, tem um incrível efeito de aclarar as intenções por trás da fala. Em todo caso, é uma matéria de bom, muito bom jornalismo. Ela traça um perfil do lado de Serra, jogando meio que contra ele, através desses recursos do qual eu cito um (a descrição das vozes em off), o que é uma meneira a meu ver muito inteligente de equilibrar uma matéria onde a voz inimiga não pode dar o contraponto realmente ponderado sobre o assunto.
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Hoje acordei às cinco da manhã. Jorge foi novamente super atencioso comigo. Tomamos o café da manhã juntos. Havia um taxi me esperando embaixo para me levar até a rodoviária. Entrei sim, no que viria a ser o inferno das curvas sem fim...
quinta-feira, setembro 24, 2009
Toda sua vida para chegar aqui.
O fato é que fomos lá e encontramos coisas muito interessantes. Por trás dos jazigos, tumbas e covas ficam escondidos aqueles traços e troços da vida que só a morte ajuda a decifrar mais um pouquinho. Claro, com o empurrãzinho da consciência amarga dos que ainda estão em vida.
Dia lá dia cá serão postadas aqui algumas fotos. Umas serão comentadas. Já outras, como as que seguem, não. O objetivo: apenas captar aspectos temáticos, para que a imaginação de cada um sugira com mais liberdade aquilo que as fotografias revelam como registro. Uma ironia, um sarcasmo. Tudo vale diante de algo tão indecifrável. Só não vale ter medo da dita cuja... afinal, no final, dia ou outro...
Hoje, começo o trabalho com o Descanço.
A pá inerte.
...
Repouso profundo
...
Apenas descanço
O sebastianismo antenado
quarta-feira, setembro 09, 2009
Cometário Cretino
quarta-feira, setembro 02, 2009
Morte de Nascimento do Passo
Hoje vinha ouvindo a CBN no carro e soube de sua morte. Reproduzo aqui um e-mail desabafo de Valéria que penso ser também uma denúncia sobre o trato com nossos artitas.
Gostaria de dividir minha tristeza diante do falecimento do inventor da dança frevo, como conhecemos hoje. Nascimento do Passo foi o grande tradutor de uma dança extremamente subversiva criada no Recife no final do séc. XIX e início do século XX.
O frevo de rua, que de tão debochado ficava fora dos cordões dos clubes de frevo, até meados do séc. XX, foi disseminado através do trabalho pedagógico de Nascimento. Nascimento do Passo defendia o frevo como dança, como ginástica e como terapia. De fato, ao ser afastado da dança que praticamente ressuscitou, morreu. Primeiro afetivamente, depois três AVCs reduziram sua capacidade de movimento e fala. Agora, um câncer no estômago o levou. Antes, uma de suas ex-esposas conseguiu retirar cinqüenta por cento de sua pensão por “abandono de lar”.
Diante da morte:
A sensação de que poderíamos ter sido mais veementes na ajuda financeira e humana. A sensação de injustiça a um homem que deu tudo pela arte e que em troca foi condenado antes do julgamento.
A responsabilidade diante de seu legado.
É importante que se saiba: o Método Nascimento do Passo de ensino de frevo não é mais ensinado na Escola Municipal. A falta de uma política de registro e transmissão para a dança do frevo, respeitando as etapas históricas, suas aquisições e limitações de forma séria, nos coloca como partícipes de uma perda inestimável do nosso patrimônio imaterial. Atualmente, apenas o Grupo Guerreiros do Passo (http://guerreirosdopasso.blogspot.com) mantém o trabalho de transmissão desse método. Curiosamente,este grupo não conta com nenhum apoio público e este ano não desfilou com sua Troça, no carnaval, por falta de patrocínio.
Valéria
Quem sou eu (no blogue)
- Jampa
- Recife, Pernambuco, Brazil
- Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.