terça-feira, agosto 10, 2004

Diga ao João...

Ele passou batido. Pensava saber, não sabia.
Deixou de lado o mais importante. Pegou o caminho errado e bifurcou o entroncamento. Cara mais sem lógica.
Como dizia o mestre da malandragem dialética: ele definitivamente peidou na farofa de ovo. Comeu pão com gelo. E depois pediu penico vázio. Um verdadeiro vacuo local. Vá com ele, vá!
Diz pra ele deixar de ser pidão. Ou seja: diga ao infeliz para ele deixar de pedir grande e fazer a cotação do cumprimento aleatório do tatuado alheio.
Ele tem que parar de cantar. Voz triste. Pingueira. Goteira no mesmo penico vázio...
O cara é um desgraçado. Miserável. Só nanceu uma vez e veio daquele jeito. É de se ter pena.
Manda ele largar aquela geringonça a quem ele chama de mulher. Aquele troço é torta e tem uma perna morta e um braço seco que furou num prego e tem um olho cego e só tem uma mão. Acumulou defeitos na vida. O mais importante deles é o João.
Porém diga com calma que ele é um qualquer um. E quando ele perguntar quem foi o emissor, diga-lhe o meu codinome: chamo-me Fax Call 1-800 - help for assistance. Meu apelido é Jhon. Quando em perigo, deprecio os homens chamando-os de João. Por favor... Deixe-me um último pedido. Posso mandar um recado para o João... Juro, depois você pode atirar. Então.
Diga ao João...

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Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.