sábado, setembro 13, 2008

O mundo gira : Papa visita Sarko



Enquanto o mundo continua a girar em seu ritmo frenético ca estou eu, na França, sem pressa pra nada.

Leio lentamente e desatento meus blogues preferidos, meus portais, meus e-mails. Penso na tese, na familia, na modernidade (à) brasileira ( mais à brasileira que modernidade), no meu pé torcido, no livro do Julio Ramos sobre uma tal “vontade de autonomia” presente em tantos escritores latino-americanos, nas eleições para prefeito...
Lento. Penso nessas coisas sem refletir, elas aparecem sem conexão, apartadas pela preguiça perene.

Ligo a TV. Sarkozi paira onipresente. Deus francês casado com musa italiana recebe Papa. Bentinho veio à França discutir o que ele chama de “laicidade tolerante” ou algo dessa natureza. Quanto sarcasmo. No meu modo relutante de ver programas de televisão pensei: Sarko merecia ser questionado pela pompa com a qual recebe o Papa, pois ele nem sequer recebeu pessoalmente o Dalaï Lama, lider politico do Tibete. Hum... lembro de lembrança televisual sem link que vira algum comentarista dizer à época que o presidente da Republica Francesa não fora porque politica não deve se confundir com religião... Lembrando ainda sem link, Sarko foi à China para abertura dos Jogos Olimpicos de Beijin Beijin Tchau Tchau porque não se deve confundir Esporte e Politica. Infelizmente teve que se deslocar de maneira antecipada porque imprevistos sempre acontecem na vida de quem esta frenteando a União Européia, e bombas russas nunca se sabe onde podem cair (a candida candidata a vice de Mcain deu declações intrigantes sobre isso em entrevista televisiva... Guerra contra Russia; huhum que legal! Que saudade da Guerra Fria!) Fiquei com tanta pena de Sarko que pergunto: por que sera que ninguém diz que não podemos confundir questões de guerra com politica? Afinal a autonomia das esferas tem que ser respeitada! E que fique claro, quando o papa diz que a religião é imprescindivel para o desenvolvimento moral dos seres humanos(que é algo individual, da esfera intima de casa pessoa humana), ele não esta pontificando a obvieidade de que sem religião (sem a catotilica inclusive) estariamos todos fadados a não discernir mais o bem do mal... Apesar de não conseguir inferir outra coisa da palavra “imprescindivel” que a sua implicação univesalisante com a “necessidade”, não creio que ele queira ensinar missa ao... ops... laicismo ao francês. Ele deve estar querendo apenas fazer religião e não politica, falar aos seus e não a todos... A logica do escuta quem quer, é politica?

Desligo a TV.

Deslento. Desalento. Eu faço prosa como quem chora. Saia do Oxymore se não tens motivo algum de pranto. O meu pé dolorido. Uma saudade corroida do Recife mantem o blogue à vista.

Não digo adeus, digo até logo.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Pequena Pausa

O Oxymore dará uma pequena pausa. O autor viaja à França e passa um mês pelo velho mundo. Dependendo da facilidade para acessar a internet, os posts surgirão naturalmente...

(E vamos que vamos,

No Recife,

Parace que João... e rapaz, não é que parece que vai dar João.)

Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.