Em Frases
Volta ao Brasil: Recife não será mais apenas um retrato na parede, mais ainda assim, como dói!
Volta na Itália: uma Pompei vulcanizada, uma Florença deslumbrante e imponente; um brasileiro, nordestino e idiota embabacado pela imponencia de uma cultura estranha... O museo da ciência de Florença é pau: instrumentos usados pelos primeiros cientistas modernos (Galileu, Torriceli), e depois a evolução desses instrumentos que vão inscrevendo - não apenas numa mudança na maneira de fazer a ciência, mas também de conceber uma relação do homem com a realidade, com a verdade, sempre e mais do que nunca querendo ser filha do tempo e não da autoridade-, nas modificações e aperfeiçoamentos, as marcas de uma construção: a da ciência como disciplina e rigor autonoma em relação às outras formas de discurso sobre a verdade, como a religiosa ou puramente filosofica (especulativa), por exemplo. Não, florença não é resumível numa frase...
Volta ao mundo cruel: chegar em Paris e pisar numa merda de cachorro de uma parisience dondonca filha da puta e burguesa!
Volta ao blogue: fazia tempo. Mas o tempo é filho da verdade. E a verdade é filha do tempo. Nessa putaria entre Deuses (em específico, safadeza de Cronos com a derme da Episteme!), o tempo some o tempo todo para ficar fornicando com a mãe da verdade. Aí o Blogue, filho de um modesto filho dos espaços físicamente medidos em termos de "horas", "minutos", "segundos", "fração de segundos", não encontra a justa medida para a mesura de suas inquietações mais mundanas... Em quantas frações de segundos um homem pode denegar seu tempo perdido o tempo todo?
Sem volta: recomeço pois e a saga continua. Mais uma volta sem volta: escrever é preciso, ecrever não é preciso.
Saudações Jampianas...
domingo, outubro 02, 2005
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Quem sou eu (no blogue)
- Jampa
- Recife, Pernambuco, Brazil
- Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.
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