domingo, outubro 02, 2005

Em Frases

Volta ao Brasil: Recife não será mais apenas um retrato na parede, mais ainda assim, como dói!

Volta na Itália: uma Pompei vulcanizada, uma Florença deslumbrante e imponente; um brasileiro, nordestino e idiota embabacado pela imponencia de uma cultura estranha... O museo da ciência de Florença é pau: instrumentos usados pelos primeiros cientistas modernos (Galileu, Torriceli), e depois a evolução desses instrumentos que vão inscrevendo - não apenas numa mudança na maneira de fazer a ciência, mas também de conceber uma relação do homem com a realidade, com a verdade, sempre e mais do que nunca querendo ser filha do tempo e não da autoridade-, nas modificações e aperfeiçoamentos, as marcas de uma construção: a da ciência como disciplina e rigor autonoma em relação às outras formas de discurso sobre a verdade, como a religiosa ou puramente filosofica (especulativa), por exemplo. Não, florença não é resumível numa frase...

Volta ao mundo cruel: chegar em Paris e pisar numa merda de cachorro de uma parisience dondonca filha da puta e burguesa!

Volta ao blogue: fazia tempo. Mas o tempo é filho da verdade. E a verdade é filha do tempo. Nessa putaria entre Deuses (em específico, safadeza de Cronos com a derme da Episteme!), o tempo some o tempo todo para ficar fornicando com a mãe da verdade. Aí o Blogue, filho de um modesto filho dos espaços físicamente medidos em termos de "horas", "minutos", "segundos", "fração de segundos", não encontra a justa medida para a mesura de suas inquietações mais mundanas... Em quantas frações de segundos um homem pode denegar seu tempo perdido o tempo todo?

Sem volta: recomeço pois e a saga continua. Mais uma volta sem volta: escrever é preciso, ecrever não é preciso.

Saudações Jampianas...

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Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.