Cansado do blogue decidi mudar o estilo: estilei. A pergunta será sempre a mesma... Só muda de estilo quem tem um, você acha realmente que...
Blogueado estou. E por isso transcrevo para os meus parcos leitores ocasionais dos meus textos ocasionalmente postados o resumo da apresentação de uma parte do meu trabalho de mestrado:
Título :Analise disposicionalista de São Bernardo: esboço de um estudo sobre a sociologia implícita na obra de Graciliano Ramos
Autor: João Paulo Lima e Silva Filho
Orientado por: Norbert Bandier e Bernard Lahire para obtenção do mestrado em sociologia.
Existe uma tensão no trato das disciplinas sociologia e literatura de mesma ordem daquela distinguindo virtudes filosóficas de racionalidade sistemática. Sociologia e Literatura são geralmente opostas entre si pelas diferenças existentes entre seus respectivos métodos de construção. A literatura estando de certa maneira livre das exigências metodológicas de representatividade estatística, das demonstrações teórico-metodológicas com a produção e análise dos dados empíricos próprios ao trabalho científico. Daí estimando-se, pela oposição, do valor científico de uma em detrimento da outra. E desse fato produz-se um discurso, quase sempre tautológico, sobre uma ciência científica diante de uma literatura literária. Competição injusta e esquemática mostrando uma oposição entre o belo e o técnico, entre o utilitarismo científico e a gratuidade da arte, quando seria oportuno e mais apropriado analisar a tensão mesma, entendida e tida como resultado de um processo socio-histórico específico, como objeto sociológico em si, de maneira a propor uma sociologia implícita de uma produção literária específica, a do romance de cunho social.
Autor: João Paulo Lima e Silva Filho
Orientado por: Norbert Bandier e Bernard Lahire para obtenção do mestrado em sociologia.
Existe uma tensão no trato das disciplinas sociologia e literatura de mesma ordem daquela distinguindo virtudes filosóficas de racionalidade sistemática. Sociologia e Literatura são geralmente opostas entre si pelas diferenças existentes entre seus respectivos métodos de construção. A literatura estando de certa maneira livre das exigências metodológicas de representatividade estatística, das demonstrações teórico-metodológicas com a produção e análise dos dados empíricos próprios ao trabalho científico. Daí estimando-se, pela oposição, do valor científico de uma em detrimento da outra. E desse fato produz-se um discurso, quase sempre tautológico, sobre uma ciência científica diante de uma literatura literária. Competição injusta e esquemática mostrando uma oposição entre o belo e o técnico, entre o utilitarismo científico e a gratuidade da arte, quando seria oportuno e mais apropriado analisar a tensão mesma, entendida e tida como resultado de um processo socio-histórico específico, como objeto sociológico em si, de maneira a propor uma sociologia implícita de uma produção literária específica, a do romance de cunho social.
No Brasil, país no qual uma tradição literária ocupou um espaço importante na produção de “leituras da realidade social”, tal exercício pode trazer bons resultados heurísticos para a sociologia.
Propõe-se aqui expor uma reflexão sobre um estudo de caso. Uma análise de um romance de Graciliano Ramos cujo mérito pretendido está na tentativa de captar a partir da análise das relações históricas de tensão entre sociologia e literatura, o interesse sociológico de se fazer um trabalho em termos de uma sociologia implícita do escritor e de sua obra. Serão discutidas questões como a da pertinência da homologia estrutural postulada na maioria dos trabalhos de sociologia do romance e as maneiras de se pensar a utilidade da “instrumentalização sociológica” do romance social como também de se pensar o escritor como um “quase sociólogo”.
A apresentação será no CFCH. O propósito é não ficar parado. A data precisa, ainda não sei. Mas o encontro de ciências sociais é do 8 ao 11 de novembro.
That´s all falks!
Jampa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário