quinta-feira, março 11, 2004

Madrid

Não cosigo falar do terrorismo sem achar que estou sendo cinico. Mas como calar? Diante dessas mortes na Espanha é o medo que toma conta da Europa. Vamos ver cometários estranhos caso a hipotese do atentado ser mesmo do Al Qaeda se confirme. Já ouvi um do tipo medroso, mas sensato dizer: " espero que tenha sido o ETA, um problema local é menos ruim". Dificil não imaginar o terrorismo como globalização de um mal estar gerado pelo medo.
Mundo Hobesiano de merda.
Nem pensar no "chez moi" é confortante. Imagino que risco de morrer num assalto no Brasil deve ser maior do que de ser vitima de um atentado. Porém acho mais autêntica para mim a morte matada no meu canto: sentiria-me mais responsável pelo estado de coisas causador do meu fim.
Não, digo besteiras. As familias das vitimas devem entender tanto quanto eu das razões do terrorismo(se é que existe razão nessas atrocidades!) Talvez por isso sinta cinismo: ninguém fala da morte em consciência de causa. Contudo, quem fica pode contar a hitória do ódio, da revolta, da agônia...
Muito triste. Tudo isso é muito triste.

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Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.