O que o acordos políticos explicam?
Paciência precisa ter aquele que nao sente prazer ao ver reduzido à migalha a opinião pouco clara dos seus devaneios de blogleiro. A rapidez do comentário casual é produtora da interlocuçao inesperada, do ador dos cometários mais intrigantes. Nao intrigam, deixo claro, pelo fato de reter e condensar um volume importante de conteudo implicito, mas e mais pela impressao ilusoria da verdade que propoem tais ditos.
Esse é o caso do cometário de Dado sobre a minha "vaga" alusao ao caso Socorro. Quem leu o texto com "olhos de santo", dele entendeu os limites da crítica proposta. E por isso sabe, ou deveria saber, que quando fala-se em instituiçoes, extende-se ao poder público em geral e, a outros porderes em particular, talvez excluindo injustamente poderes menos institucionalizados como os setores da sociedade civil mais ou menos organizados, uma crítica que se sabe geral e abstrata.
Falar de acordo entre os partidos é sem dúvida uma maneira de dar nomes aos bois. Eh dar cadência empirica ao universo formal, como dizemos em estudos de teoria. Porém, paradoxalmente, também é esse tipo de conduta motivo de preocupaçao teórica, pois, se a particularidade do "caso"(acordo político) indentifica os bonvinos, dele é dificil tirar enuciados gerais de explicaçao do fenomeno em questao. E que é que esse fenomeno em questao? Eh o que Jampa blogueiro tentou comentar. Eh o fato escraboso de se esvaziar uma auditoria (seja por acordo ou qualquer coisa que o valha) e nao existir, nem nas instituiçaoes nem fora delas, forma de revolta ou estranhamento com relaçao a isso.
Fica sem ficar o nome do desnome desse problema que de longe, separando o olho do olhar, colaca-me mais uma vez entre o mar e o Brasil/Recife, sem nome próprio.
quinta-feira, novembro 11, 2004
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Quem sou eu (no blogue)
- Jampa
- Recife, Pernambuco, Brazil
- Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.
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