sexta-feira, abril 15, 2005

Comentário do comentário

Recebi com prazer a seguinte mensagem:


Recebi, do amigo Bernardo Jurema, referência a comentários de autor ignorado. Talvez seja "JAMPA". Não sou do ramo. Tenho relação conflituosa com computadores e outras máquinas. Seja quem for, são belos comentários. Mas meu texto é só uma crônica, o quotidiano da cidade vista pelos olhos de quem a vive. Seja como for, se despertou o interesse de alguém como Jampa, ou que nome tenha, terá valido a pena. Apreciei, vivamente, os comentários que fez. Penso que uma reflexão dele, mais ampla, deveria mesmo ser acessada a mais gente. Como uma contribuição à compreensão sociológica da violência. Vou passar a freqüentar esse blog. Abraço amigoP.S. 1. A "Brasileira" não fica na "baixa pombalina" (arredores do Rossio). Fica no "Chiado".
José Paulo Cavalcanti Filho.


Primeiramente agradeço a José Paulo Cavalcanti Filho pelo entedimento pacífico da crítica efetuada. Não é sempre que encontramos esse tipo de disposição. Meu texto continha uma tonalidade irônica e seria fácil atrelar a análise feita à ideologia de classe ou coisa parecida. Esse espaço foi criado com a finalidade de poder estabelecer esse tipo de debate aberto e sádio, nada mais gratificante do que vê-lo funcionar.

Para tranqüilizá-lo digo: o autor ignorado é um autor desconhecido. Jampa(João Paulo) é apenas um estudante de sociologia sem publicações nem renome, mas preocupado com a situação de nossas cidades no Brasil. Tentei tratar do texto pelo que ele é: "apenas uma crônica", como dito. Mas o interessante aos olhos do sociólogos é justamente aquilo que parece inofensivo, as coisas que não vemos por estarmos tão imersos na realidade social. Meu texto não seria nem de longe uma contribuição sociológica à compreensão da violência. Conheço pouco da sociologia da violência. Ele é mais um comentário sobre um estado de incompreensão enorme entre classes sociais cindidas. Ao meu modesto entender essa incompreensão é um elemento reprodutor da violência, como tentei ilustrar.

Agradeço mais uma vez pelo entendimento,

Jampa.

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Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.