quarta-feira, agosto 13, 2008

Clássico: receita de bolo? Para sociólogos e simpatizantes (S&S)




–No meu trabalho de doutorado uso documentos históricos, como devo proceder senhor clássico?


Mauss: “ No que se refere aos documentos históricos ou etnológicos , a sociologia deve adotar, grosso modo, os processos da ‘crítica histórica’. Não pode servir-se de fatos inventados e, por conseguinte, deve estabelecer a verdade das informações de que se serve. [...] Não há necessidade de conhecer a data de um fato social, de um ritual de orações para servir-se dele em sociologia, contanto que se conheçam seus antecedentes, seus concomitantes e seus conseqüentes, numa palavra, todo quadro social que o cerca. Para servir-se de um fato social determinado não é necessário o conhecimento integral de uma história, de uma língua, de uma civilização. O conhecimento relativo, mas exato, deste fato é suficiente para que possa e deva entrar no sistema que a sociologia quer edificar.”


—Caramaba Mauss, você parece um pouco old fashion depois dos pós-estruturalistas e do relativismo estrato-quântico historicista apoteótico das novas correntes sociológicas. Mas eu continuo gostando de você. Dá mais uma dica aí, daquelas que a gente não deve esquecer nunca, mesmo depois das mortes de Marx, Durkhiem, Weber e Floresntan! Vai, por favor!


Mauss: “ A sociologia não especula, como não faz qualquer outra ciência, sobre puras idéias e não se limita a registrar os fatos”.

– Ah Mauss, você tá de sacanagem comigo... vamos parar por aqui.

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Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.