–No meu trabalho de doutorado uso documentos históricos, como devo proceder senhor clássico?
Mauss: “ No que se refere aos documentos históricos ou etnológicos , a sociologia deve adotar, grosso modo, os processos da ‘crítica histórica’. Não pode servir-se de fatos inventados e, por conseguinte, deve estabelecer a verdade das informações de que se serve. [...] Não há necessidade de conhecer a data de um fato social, de um ritual de orações para servir-se dele em sociologia, contanto que se conheçam seus antecedentes, seus concomitantes e seus conseqüentes, numa palavra, todo quadro social que o cerca. Para servir-se de um fato social determinado não é necessário o conhecimento integral de uma história, de uma língua, de uma civilização. O conhecimento relativo, mas exato, deste fato é suficiente para que possa e deva entrar no sistema que a sociologia quer edificar.”
—Caramaba Mauss, você parece um pouco old fashion depois dos pós-estruturalistas e do relativismo estrato-quântico historicista apoteótico das novas correntes sociológicas. Mas eu continuo gostando de você. Dá mais uma dica aí, daquelas que a gente não deve esquecer nunca, mesmo depois das mortes de Marx, Durkhiem, Weber e Floresntan! Vai, por favor!
Mauss: “ A sociologia não especula, como não faz qualquer outra ciência, sobre puras idéias e não se limita a registrar os fatos”.
– Ah Mauss, você tá de sacanagem comigo... vamos parar por aqui.
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