sábado, fevereiro 05, 2005

Notas

Cronograma do futuro próximo (Ou: de como funciona a cabeça de Jampa)

Amanhã (Sabado de carnaval no Brasil): das 10:00 hs às 12:00 hs, redação de um texto. A tarde, leituras de O Pão. Finalizar leitura de Literatura e Cordialidade. A noite, dependendo do cansaço, traduzir para o francês as passagens de Raizes do Brasil a serem aproveitadas dentro da dinâmica da argumentação visada para análise sociológica de O pão.

Questões a não perder de vista:

Faz sentido falar de cordialidade dentro da pratica dos "padeiros"? Se sim, em qual medida ela (a cordialidade) pode servir de auxilio para uma compreensão mais precisa do processo configuração do "campo literário" existente dentro do campo intelectual ?

Pistas: levar em consideração a cordialidade como espécie de "ethos de classe", ou seja, como visão de mundo relativamente homogênia causada por uma vivência em comum, por uma socialização vivida nos mesmos moldes (no sentido de consonância dos "problemas de uma geração", dos "livros incontunáveis", etc.), é, se estou no bom caminho, tornar mais clara as estratégias dos agentes no que diz respeito às influências de suas motivações na produção da atividade intelectual e literária. Pensar nos efeitos do tipo de formação que boa parte de nossa intelectualidade teve(Não esquecer Antônio Cândido na Formação, e em Literatura e Sociedade: formação que parece uma deformação, mas a deformação-formação vista em comparação a uma formação vista como mais autentica- termina por informar da formação deformada.)

Risco: Reproduzir o discurso normativo segundo o qual teríamos no Brasil uma forma de modernidade incompleta ou a completar, tendo como base uma modernidade autêntica: a da Europa.

Contra-agurmento do risco: Levar em consideração uma tal tipologia perde o seu carater puramente normativo se a utilização do conceito de cordialidade guardar seu carater heurístico e se articular bem, como espécie de habitus intelectual existente, à construção das modalidades de configuração do espaço social analisado.

Questão a responder: em que a cordialidade ajuda a restituir com mais precisão as modalidades do campo intelectual?

Vem pessoal, vem moçada, carnaval começa na frente do computador... As vezes de madrugada!

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Quem sou eu (no blogue)

Recife, Pernambuco, Brazil
Aqui farei meu diario quase intimo. Mentirei quando preciso. Escreverei em português e, mal ou bem, seguirei com certa coerência as ocilações do espirito, carater e gosto. Desprovido de inteligência precisa, justa será apenas o nome da medida que busca o razoavel no dito. Esperançoso. Jovem gasto, figura preguiçosa e de melancolia tropical sem substância. Porém, como já exprimido em primeiro adjetivo, qualificado e classificado na etiqueta quixotesca. Com Dulceneas e figuras estranhas o "oxymore" pode ser visto como ode a uma máxima de realismo outro do de Cervantes: "bien écrire le médiocre", dizia Flaubert. Mediocres serão meus dizeres. Bem ditos, duvido. Por isso convenho: os grandes nomes citados não devem causar efeito de legitimação. E previno: o estilo do autor das linhas prometidas é tosco, complicado e chato. O importante é misturar minha miséria com outras. Assim o bem dito será o nome de uma vontade de partilhar uma condição e não o da sutileza formal. A bem dizer, aqui findo com minha introdução.